Deixemo-nos de perfeições
Sim! Todos nós achamos que este é o mundo perfeito.
E como tal, ficamos presos a essa perfeição, sem sequer nos permitirmos falhar.
Ficamos agarrados, a uma identidade que por quer ser tão perfeita é tudo menos isso.
Não deixamos que nada nos deixe ficar mal nem por um segundo.
O nosso corpo não pode estar vencido pelo cansaço, nem pela persistência…queremos sempre que ele dê mais, mais e mais.
A nossa alma, já nem tem como guardar tanta informação e de certa forma, tanta perfeição, escusado será dizer, que acabará por chegar a um ponto em que só avista caos e não perfeição.
O nosso coração! Esse é certamente, o único, que no meio disso tudo, ainda se mantém intacto e de alguma maneira, genuíno, sem desvaneios, nem ideias de uma perfeição que já começa a ser doentia. É com toda certeza, o que ainda nos poderá chamar a atenção da gravidade do berbicacho no qual nos estamos a colocar.
É mesmo um berbicacho. Se nem o mundo é perfeito, porque que é que nós havemos de quer ser “essa coisa” que começa logo a dar erro na primeira vez que falhamos?
Isto faz-me lembrar, as crianças quando são pequenas, que por ainda não conhecerem muito bem o mundo nem a vida, se põem a imaginar, como irá ser quando forem grandes, primeiro imaginam-se tal e qual os pais, mas nos segundos a seguir estão a idealizar outro futuro. E qual é esse futuro perfeito? Tornarem-se príncipes e princesas!
E então? Nós, os que por vezes andamos incessantemente, com a conversa de queremos ser o mais próximo da pessoa perfeita, supostamente, já não temos idade suficiente para ter juízo e para perceber que os príncipes e princesas não existem? Que a perfeição não existe?
Penso que talvez já tivéssemos idade e capacidade suficiente para chegar a esse entendimento, mas a verdade é que raramente chegamos. E o mais inacreditável de todo este filme cómico e em simultâneo de terror, é que o foco é uma perfeição que não existe e muito provavelmente nunca vai existir.
Atrevo-me a dizer que até as crianças chegariam mais facilmente a esta conclusão do que nós que tardamos sempre a procurá-la.
Não será mais simples e melhor sermos felizes e livres sem seremos prisioneiros de uma perfeição que nós próprios idealizamos? Estou certa que sim!
Por isso sejamos felizes e se possível deixemo-nos de perfeições, está bem?
Concordo concordo concordo , cada vez mais a RITA está a se mais sensata , realistamente sensata
PARABÉNS e agradeço teres -me feito lembrar que a reaidade é mesmo im…perfeita , simplesmente perfeita com todas as imperfeições inevitáveis
Que lindo!!!!
Tu podes ter probelemas mas eu quero que tu saibas que és muito enteligente